Carlos Wolfart foi uma das 126 vítimas fatais que perderam suas vidas em decorrência das fortes chuvas que massacra o estado do Rio Grande do Sul. O que comoveu ainda mais o caso foi que o catarinense gravou um áudio antes de ser levado pela correnteza em Sinimbu, interior do Estado. O jovem chegou a lutar bravamente pela vida agarrando-se em uma árvore enquanto aguardava o resgate, no entanto, embora todos os seus esforços, ele acabou entranto para a estatística.
No decorrer de uma entrevista cedida à imprensa, a irmã de Carlos, a estudante, Milena Wolfart, conta que o último áudio enviado por ele é marcado por um pedido emocionante para a filha. “Só por Deus, só por Deus. Pediu para a filha dele cuidar bem da mãe”,
Na noite da última quarta-feira, 8, o corpo do homem em questão foi encontrado nas ruas do município. Vale ressaltar que ele deixou Itapiranga, localizada na região Oeste de Santa Catarina, para ser padrinho de casamento do cunhado. Todavia, as fortes chuvas provocaram destruíção e estado de emergência no município.
Carlos havia deixado um sítio para obter informações sobre passagem até o local onde ocorreria a cerimônia. No caminho, a chuva ganhou ainda mais força e ele ficou isolado em uma árvore. Em estado de pânico, o homem teve a ideia de mandar a última mensagem para a família.
A família de Carlos até conseguiu pedir ajuda ao noivo, que com a ajuda de alguns amigos conseguiram motos aquáticas para resgatá-lo. Contudo, a árvore em que o catarinense estava em cima foi levada para correnteza antes da chegada do socorro.
A situação delicada em toda Sinimbu deixou a área do sítio completamente alagada. A esposa e os fihos de Carlos foram resgatados em um helicóptero. O enterro de Carlos Wolfart aconteceu na manhã desta última sexta-feira (10) na Linha Dourado, no interior de Irapiranga.
Exército passa vergonha ao tentar salvar vítimas no Rio Grande do Sul
Um vídeo que ganhou as redes sociais mostra a dificuldade de uma equipe de soldados do Exército Brasileiro em se locomover nas fortes chuvas que massacra o estado do Rio Grande do Sul. Na manhã desta última quarta-feira (8), o popular que gravou a situação se surpreendeu ao encontrar militares enfrentando problemas com uma embarcação a remo.
De caiaque, o homem sinaliza aos soldados que irá na frente e informará caso encontre alguém precisando de socorro. Vale ressaltar que a população civil está fazendo total diferença na tragédia que maltrada o Sul do Brasil, com inúmeros voluntários no resgate de pessoas e animais. Com o vídeo ganhando destaque nas mídias sociais, em fração de segundos o a instituição militar se tornou alvo de chacota por diversos usuários na internet.
“Sem condições nosso exército. Pensei que era tropa de Rambo e na verdade são os trapalhões”, escreveu um. “Mano… só pode ser brincadeira. Não é possível que o povo já acreditou nesta instituição algum dia. E agora, além do descrédito, eles estão naquela fase que dá tudo errado. E adivinha só… estaremos lá para filmar e expor tudo”, afirmou outro.
No entanto, diante as críticas houve também aqueles que o defendessem. “Os militares nesta situação fazem o que podem, eles não tem culpa, sem investimento nem um motor dá pra comprar. Tem que repensar e investir para reorganizar as forças de segurança”, apontou outro internauta.
🚨🔴 Voluntário está há cinco dias auxiliando nos resgates no Rio Grande do Sul. Nesta quarta-feira, se surpreendeu ao encontrar militares enfrentando dificuldades com uma embarcação à remo. De caiaque, ele sinaliza aos soldados que irá na frente e informará caso encontre alguém… pic.twitter.com/ac0YlpQGDb
— Jornal Razão (@jornalrazao) May 9, 2024