No terceiro dia do julgamento do caso de estupro envolvendo o ex-jogador brasileiro Daniel Alves, o réu prestou depoimento, chorando ao responder as perguntas de sua advogada de defesa. Ele admitiu ter consumido excessivamente álcool na noite em questão, alegando não ser uma pessoa violenta e negando ter forçado a denunciante a acompanhá-lo ao banheiro.
Alves confessou ter mentido inicialmente para proteger sua vida pessoal. Ele afirmou ter conhecimento das acusações apenas pela imprensa, revelando que suas contas bancárias foram bloqueadas e contratos rescindidos no Brasil.
Daniel Alves descreveu a noite do suposto incidente, alegando que chegou à boate às 2h30 e que, por razões de segurança, houve uma mudança no camarote previamente designado. Após dançar com duas mulheres, convidou outras três, incluindo a denunciante. O caso agora avança para a fase de sentença, com o Ministério Público pedindo 9 anos de prisão, enquanto a denunciante sugere 12 anos.
A promotora argumentou que a versão da suposta vítima é consistente, destacando detalhes violentos narrados por ela. Segundo o Ministério Público, não há indícios de consentimento, e a acusação se baseia em eventos traumáticos, incluindo agressões físicas.
A advogada de defesa, Inés Guardiola, contestou o depoimento da denunciante, considerando-o evasivo e incoerente. Ela argumentou que houve uma interação sexual consensual, apontando para a suposta aproximação e interesse entre os envolvidos. Guardiola afirmou que a prima da denunciante reconheceu Daniel Alves na boate, dançou com ele e tirou fotos, sugerindo que a relação entre os dois era amistosa. A defesa também alegou que o ex-jogador estava embriagado, comprometendo suas capacidades cognitivas. O caso agora aguarda a sentença, que será decidida nos próximos dez dias.