O zagueiro Juan Izquierdo faleceu nesta terça-feira (27), depois de uma batalha intensa pela vida que durou cinco dias. Ele estava internado no Hospital Albert Einstein, em São Paulo, após ter uma parada cardíaca provocada por uma arritmia.
Izquierdo, que jogava pelo Nacional, desmaiou no campo durante a partida contra o São Paulo na quinta-feira passada (22), um jogo das oitavas de final da Libertadores. O incidente ocorreu no Morumbi, e a causa do falecimento foi uma arritmia cardíaca que levou a uma parada cardíaca durante o jogo.
O Nacional confirmou o falecimento do jogador nesta terça-feira, e esse triste evento nos lembra que problemas cardíacos podem atingir qualquer pessoa, independentemente da idade ou condição física. O Dr. Roberto Kalil, cardiologista e apresentador do CNN Sinais Vitais, explicou que arritmias podem ser benignas ou malignas. As benignas não oferecem risco de vida, mas as malignas podem causar parada cardíaca e até o falecimento súbito.
Kalil destacou a importância de um atendimento imediato em casos de parada cardíaca. Cada minuto sem tratamento reduz em 10% as chances de sobrevivência. No caso de atletas jovens, como Izquierdo, é mais provável que o coração seja estruturalmente saudável, mas isso não impede que ocorram problemas graves. O zagueiro passou por manobras de ressuscitação cardiopulmonar e desfibrilação antes de ser levado à UTI.
A arritmia faz com que o coração bata de forma irregular, seja muito rápido, muito devagar ou de maneira anormal, o que afeta o fluxo sanguíneo e pode comprometer órgãos vitais. No caso de Izquierdo, a irregularidade afetou seu cérebro, resultando em danos neurológicos irreversíveis.
No último domingo (25), os exames mostraram que a condição cerebral de Izquierdo havia piorado, com aumento da pressão intracraniana. Ele estava sendo mantido por ventilação mecânica na UTI. A deterioração do quadro clínico foi confirmada pelo boletim médico do hospital.
O drama de Juan Izquierdo teve um impacto profundo. No domingo, seu estado de saúde piorou ainda mais, e a confirmação de que ele estava enfrentando uma grave arritmia cardíaca no Morumbi veio à tona. Alejandro Balbi, presidente do Nacional, afirmou que os exames realizados pelo clube não haviam mostrado nenhum problema cardíaco anteriormente.
“Os exames do atleta sempre foram normais e ele nunca teve nenhum episódio cardíaco antes”, declarou Balbi. Essa declaração sublinha o quão inesperada e assustador foi a situação para todos envolvidos.
A família de Izquierdo se mobilizou para acompanhar a situação de perto. Seus familiares viajaram ao Brasil, enquanto sua esposa, Selena, permaneceu no Uruguai para cuidar de seu filho recém-nascido e da filha de dois anos do casal. A tragédia do zagueiro uruguaio deixou um vazio grande para o futebol e para seus entes queridos, mostrando como a vida pode mudar de forma súbita e inesperada.
Infelizmente, a perda de Juan Izquierdo é um lembrete doloroso da fragilidade da vida e da necessidade de cuidados imediatos em situações de emergência médica. Que seu legado no futebol e as memórias que deixou possam servir para honrar sua breve, mas impactante, carreira.