A morte do chileno Mario Nicolás Gómez Heredia, um dos 33 mineiros que sobreviveram ao histórico resgate em 2010, marcou o fim de uma vida que simbolizou esperança e superação.
Gómez, de 71 anos, faleceu neste sábado (21), como informado por uma funerária em Copiapó, no Chile. A causa oficial da morte não foi divulgada, mas sabe-se que o ex-mineiro sofria de silicose, uma doença pulmonar causada pela inalação de poeira nas minas, problema comum entre trabalhadores do setor.
Gómez ganhou notoriedade internacional após ficar preso, junto com outros 32 mineiros, a mais de 600 metros de profundidade na mina de San José, localizada ao norte de Santiago, no deserto do Atacama.
O acidente, ocorrido em 5 de agosto de 2010, prendeu os trabalhadores por 69 dias, e o resgate, transmitido ao vivo, emocionou milhões de pessoas ao redor do mundo.
Na época, Mario Gómez, então com 63 anos, era o mais velho do grupo e o nono a ser resgatado, saindo das profundezas da terra em uma cápsula de metal de apenas 66 centímetros de diâmetro, após uma longa e exaustiva operação.
Além de sua importância como símbolo de resiliência, Gómez também inspirou o jogador de futebol alemão Mario Gómez, que acompanhou o resgate pela televisão.
Tocada pela história do mineiro, a estrela alemã adotou o número 33 em sua camisa, em homenagem ao grupo, e o nome de seu homônimo, o nono a ser salvo.
Curiosamente, após esse episódio, o jogador saiu de uma fase de má sorte nos campos, algo que ele mesmo relacionou à força inspiradora dos mineiros.
A morte de Mario Gómez Heredia relembra o impacto global daquele evento e sua relevância como símbolo de perseverança e fé.
Ele deixa um legado que vai além da mineração, personificando o espírito de luta de trabalhadores que arriscam suas vidas em condições adversas.
Sua história continuará viva na memória coletiva e naqueles que encontraram inspiração em sua jornada de sobrevivência.