A morte de José Adilson Rodrigues dos Santos, mais conhecido como Maguila, gerou comoção entre fãs, atletas e admiradores do esporte. O ex-pugilista, que marcou uma geração com sua força e determinação nos ringues.
Maguila faleceu nesta quinta, dia 24 de outubro, aos 66 anos, vítima de uma doença devastadora e pouco conhecida: a Encefalopatia Traumática Crônica (ETC). A notícia rapidamente se espalhou, e a perda de um dos maiores nomes do boxe brasileiro mobilizou mensagens de pesar de diversas entidades esportivas e figuras públicas.
Maguila sofria há anos com os efeitos da ETC, uma condição neurodegenerativa que acomete principalmente atletas de esportes de contato, como o boxe. A doença, muitas vezes chamada de “demência do pugilista”, afeta o cérebro devido aos repetidos traumas sofridos na cabeça durante a carreira.
Entre os sintomas mais comuns estão mudanças de humor, perda de memória, confusão mental e dificuldades motoras, características que marcaram os últimos anos de vida de Maguila, que vivia sob cuidados em uma casa de repouso desde 2017.
O legado de Maguila no boxe é inegável. Com um cartel de 85 lutas, sendo 77 vitórias, o ex-pugilista conquistou títulos importantes, como o Campeonato Brasileiro, o pentacampeonato Continental das Américas e o Mundial pela Federação Internacional de Boxe. Seu carisma e habilidade nos ringues fizeram dele uma figura admirada tanto pelos fãs do esporte quanto pelo público em geral.
A Confederação Brasileira de Boxe lamentou a perda em uma nota oficial, destacando a importância de Maguila para o esporte nacional. O boxe brasileiro se despede de um gigante, cuja trajetória inspirou gerações e trouxe reconhecimento à “nobre arte” no Brasil.