Na tentativa de ajudar, às vezes, acabamos causando consequências desastrosas. Isso foi tragicamente demonstrado em Juiz de Fora, onde um idoso perdeu a vida tentando separar uma briga.
Na noite de segunda, dia 17 de junho, Geraldo Magela Baessa Ríspoli, um advogado de 72 anos, presenciou uma briga entre dois homens na Rua Eugênio Fontainha, perto de sua casa, no Bairro Manoel Honório.
A confusão envolvia dois homens, ex-colegas de trabalho em uma churrascaria, que tinham um histórico de desentendimentos por causa de um processo trabalhista. Um deles, de 35 anos, agrediu o outro, de 45, que havia testemunhado a favor da empresa em uma ação judicial.
Ao tentar intervir e separar a briga, Geraldo acabou se tornando o alvo do agressor. Ele levou um soco no rosto, caiu e bateu a cabeça no chão, perdendo a consciência instantaneamente. O agressor, visivelmente alterado, fugiu do local, mas foi capturado posteriormente pela polícia e levado à delegacia.
A tentativa de socorro por parte do genro da vítima, um bombeiro, e da equipe do Samu, que realizou manobras de ressuscitação por cerca de 40 minutos, não foi suficiente para salvar Geraldo. Ele não resistiu aos ferimentos e faleceu no local.
A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) de Juiz de Fora emitiu uma nota de pesar pela morte de Geraldo, destacando a indignação com o ato de violência contra um advogado que dedicou sua vida a diversas áreas do direito, incluindo o imobiliário, cível, de família e previdenciário.
O trágico evento ressalta os riscos envolvidos quando se tenta ajudar em situações de conflito, mostrando que a linha entre a intenção de ajudar e a exposição a perigos inesperados pode ser extremamente tênue.